O rosto do faraó Tutankhamon


Vale dos Reis, Egipto
Rosto de Tutankamon é hoje mostrado ao mundo. Depois de mais de três mil anos é finalmente destapada a cara do faraó que mais mitos e lendas alimentou.




O rosto do faraó Tutankhamon vai ser, pela primeira vez na história, revelado ao mundo.

Hoje será só um grupo restrito de jornalistas e arqueólogos a ter acesso ao mítico faraó, mas a partir da manhã de segunda-feira todas as pessoas que se dirigirem ao Vale dos Reis, onde está o seu túmulo, poderão ver com os próprios olhos o rosto imberbe e jovem do rapaz que liderou o império egípcio de 1333 a 1324 A.C.

A múmia que repousa na região da cidade de Luxor vai passar a ser protegida numa urna especial, onde os níveis de temperatura e humidade serão controlados. Esta medida tem como objectivo preservar a múmia que ao longo dos anos se tem deteriorado bastante, especialmente pela humidade do local e pela respiração dos 5 mil visitantes que todos os dias vistam o túmulo do Rei "Tut", como também é conhecido.

Segundo Zahi Hawas, secretário-geral do Conselho Supremo das Antiguidades, outra das razões para o mau estado em que se encontra a múmia prende-se com o manuseamento que sofreu às mãos do seu descobridor, o arqueólogo, Howard Carter, que o mostrou ao mundo corria o ano de 1922.

O explorador inglês usou barras metálicas para separar a máscara da múmia de Tuntankamon e desmembrou o cadáver para recuperar mais de uma centena de amuletos localizados entre as várias camadas de ligaduras. Hawas confirmou que o cadáver do faraó terá ficado também exposto ao sol durante largos períodos de tempo.

Até hoje tudo o que os visitantes podiam ver era a máscara de Tutankamon e apesar de já existir uma tomografia computorizada da múmia desde 2004 - revelando que o jovem rei tinha uma compleição física frágil, um queixo redondo e bochechas rechonchudas -, agora os visitantes vão poder fitar olhos nos olhos o faraó que morreu ao cair de uma carruagem, quando caçava no deserto.


Jornal Expresso, Domingo, 4 de Nov de 2007






Tutankamon, o ultimo rei da 18a dinastia, governou menos de dez anos e morreu traumaticamente ainda adolescente, ainda assim ele permanece como um dos faraós mais famosos do Egito. Isso graças aos incríveis tesouros encontrados na sua tumba, incluindo o sarcófago, a máscara funerária dourada e mais 5.000 outros tipos de tesouros. A descoberta é também ligada a várias mortes inexplicadas entre os que estiveram associados à escavação, que muitos atribuem a uma maldição.

Era provavelmente filho e genro de Akhenaton (o faraó que instituiu o culto de Aton, o deus Sol) e filho de Nefertiti. Casou-se aos 10 anos com Ankhsenpaaton que, mais tarde, trocaria o seu nome para Ankhsenamon. Assumiu o trono quando tinha cerca de nove anos, restaurando os antigos cultos aos deuses e os privilégios do clero (principalmente o do deus Amon de Tebas) e morreu, aos dezanove anos, sem herdeiros.

Devido ao facto de ter falecido tão novo, o seu túmulo não foi tão sumptuoso quanto a de outros faraós, mas mesmo assim é a que mais fascina a imaginação moderna pois foi uma das raras sepulturas reais encontradas quase intacta. Ao ser aberta, em 1922, ela ainda continha peças de ouro, tecidos, mobília, armas e textos sagrados que revelam muito sobre o Egipto de 3400 anos atrás.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tutankhamon




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